Chuva, chuva, de noite não!
Meu teto é o céu
A lua minha janela
Estrelas enfeitam minhas cortinas
Chuva, chuva , de noite não!
Se fecho a janela, que escuridão!
E minha calçada coitada!
Toda molhada fica então.
Chuva, chuva, de noite não!
Meu coração, você não vê não!
Sozinho sem minha janela
Quanta confusão.
Chuva, chuva, essa noite não!
Espera um pouco
deixa pelo menos
outra calçada eu achar.
Está chovendo!
E minha calçada, toda molhada...
E esse barulho que não me deixa sonhar
Chuva, chuva, essa noite não!
Nal Pontes
E que também atinge o coração.
Era uma figura que assustava a quem não o conhecia.
Uma das coisas que mais ele gostava era pegar ônibus ir até o terminal no centro
de Recife e voltava no mesmo ônibus.
Ninguém fazia mal a ele, as pessoas o ajudavam,
davam comida, roupas as quais ele vestia duas três ou mais,
davam comida, roupas as quais ele vestia duas três ou mais,
uma por cima da outra mesmo em tempo de grande calor.
Ele tinha casa, parente até sabiamos quem eram, mais ele costumava viver assim..
E em uma noite chuvosa, eu olhei procurei ele na calçada da casa em frente, que era uma loginha
e não o vi. E fiquei pensando, hoje ele teve que sair, com certeza deve ter procurado
os bancos da feira que ficava bem perto dali. Foi quando eu fiquei pensando na situação
dos que vivem nas ruas e tem que suportar as fortes chuva de inverno.
Então eu fiz essa poesia para NECO. Que também fez parte de minha história
Pedaços de mim.
Pedaços de mim.
(figuras tiradas na net esta figura)